Conheça os projetos que oferecem chances de experiência no exterior
Para fazer um curso no exterior durante a graduação, é preciso ter dinheiro no bolso, certo? Errado. São oferecidos aos estudantes brasileiros diversos tipos de bolsa por meio dos órgãos do governo brasileiro, das embaixadas de outros países e de fundações.
Para encontrar as oportunidades, o estudante pode fazer uma pesquisa na internet. O primeiro passo é acessar o site www.dce.mre.gov.br, da Divisão de Temas Internacionais do MRE (Ministério das Relações Exteriores), que divulga as bolsas proporcionadas por governos estrangeiros e por organizações internacionais.
Em alguns casos, o ministério faz a pré-seleção das candidaturas. "Em geral, o principal critério de seleção das instituições é o bom histórico acadêmico do estudante", diz Almerinda Augusta de Freitas Carvalho, conselheira do MRE. Os critérios são estabelecidos pelas instituições ofertantes.
"Se houver alguma dúvida específica, o melhor é consultar o setor de bolsas ou educacional da embaixada ou do consulado do país do curso de interesse."
O site é atualizado quando surgem novas vagas, portanto vale a pena verificar, pelo menos uma vez ao mês, quais são as novidades. Segundo Carvalho, os locais que dão mais oportunidades são a Alemanha, os EUA, a França, o Japão, o Reino Unido e a Suécia.
Os benefícios podem até incluir a passagem aérea, o curso, a estadia, a alimentação e inclusive pagar um salário para o estudante. Os cursos variam de aulas de línguas a especialização.
Embaixadas
O passo seguinte é buscar nas próprias embaixadas e consulados estrangeiros as informações de cursos gratuitos ou subsidiados no exterior. "Nem todas as vagas de intercâmbio são enviadas ao ministério", explica a conselheira.
A procura pode ser feita pela internet ou por telefone. As páginas na internet, e-mails, endereços e telefones das representações estão no site do MRE - clique em "Serviço Consular", depois, em "Estrangeiros no Brasil" e busque as informações em "Representações Estrangeiras no Brasil".
Se o estudante estiver interessado em estudar em Londres, no site do consulado britânico verificará que há benefícios para universitários de engenharia, que vão desde a gratuidade das acomodações em uma universidade até o subsídio de 2.000 libras por ano (cerca de R$ 9.800).
Cooperação internacional
Desde 2001, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) desenvolve um programa de parcerias universitárias. Os projetos de cooperação atualmente são restritos à Alemanha, aos EUA e à França.
No site da Capes (tenha paciência, o site é lento), o estudante verificará que a Universidade do Texas (EUA) anuncia a intenção de desenvolver um programa de parceria em pesquisa nas áreas de ciências sociais, ciências da terra, ciências ambientais, tecnologia em engenharia e ciências da saúde.
As equipes de pesquisa das universidades brasileiras -compostas, em geral, por um coordenador, por graduandos, por mestrandos ou doutorandos e por pesquisadores- devem apresentar até o dia 31 deste mês um projeto de estudo, que será avaliado pela Capes. Depois de aprovado, haverá o intercâmbio de membros das equipes de cada universidade, o que será subsidiado pela Capes, no caso dos brasileiros.
Assim, para aproveitar a oportunidade, o estudante deve estar envolvido em uma iniciação científica ou pensar em desenvolver um projeto coordenado.